Iglesias.

Dizem que cada um tem sua religião, sua crença, seu querer e suas orações. Eu tenho as minhas, também. Oro, rezo, faço preces e agradeço. Agradeço muito por tudo o que os dias me proporcionam, pelas pessoas que passam por mim e sorriem e até mesmo por aquelas que me tratam mal. É certo que há muita coisa entre o céu e a terra, no universo. É indiscutível também a energia que contempla os nossos sentimentos e vontades. Coincidência ou não, há algo superior, e acredito ser esse algo que me emocione tanto em uma igreja. Não as frequento tantas vezes mas sempre que posso dou uma passadinha pra chorar. Choro porque sou feliz, choro porque estou viva, choro porque tenho saudade, choro porque me faz bem.

Esse post vai especial pra uma grande amiga, que tem queda por igreja! O México tem uma religiosidade sem igual, são lindos em sua totalidade. Comemoram os enterros e possuem o “Dia dos mortos”, uma tradição indígena declarada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Sendo anterior a chegada dos espanhóis há relatos atuais que os maias participavam destes cultos. As festividades no antigo, eram oferecidas à deusa Mictecacíhuati (dama da morte) e hoje é referida a La Catrina, personagem atual de Jose Guadalupe (cartunista mexicano).

Dama da morte

As tradições contemplam festas animadas, com ótima comida, muita música – de novo – e, segundo dizem, os mortos vem visitar os vivos. E olhem que magnífico: esse ritual não é praticado somente no México. Quer saber além? Há mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Mortos

Desta forma, não há duvidas da fé desse povo. Embora muito dessa fé não esteja situada nas igrejas que visitarei, pois foram efetuadas pelos espanhóis, a emoção de estar lá, nessa terra tão rica em cultura, somará com certeza à minha presença dentro de cada pedacinho da sua história. Vou começar pela igreja que mais me chamou a atenção, pela estrutura. Vou resumir um pouquinho de cada uma, de modo que não fique cansativo. 🙂

Mosteiro de Maní

Localizada na cidade histórica de Maní (que provavelmente não conseguiremos ir – devido à distância), o antigo mosteiro missionário fica no alto de um velho tempo-plataforma maia. Consagrado em 1549 é basicamente simples, onde em seu exterior havia uma capela indígena  Mas, em 1562 os franciscanos se deram conta da prática da antiga fé mexicana em segredo e queimaram centenas de manuscritos e relíquias maias.

San Bernardino Sisal, Valladolid

Esta grande (enorme) igreja, é datada do ano de 1552, de ordem também franciscana, tem aparência medieval com arcos incomuns ao longo da fachada. Seu local antigamente ficava fora da cidade de Valladolid para que os espanhóis pudessem efetuar seus cultos. Há dentro uma misteriosa peça barroca. (quero tirar foto de lá, pessoalmente! 😀 )

Iglesia de Jesús

Igreja de ordem jesuíta, datada de 1618 tem mais ornamentações do que as construídas pelos espanhóis, com um interior cheeeio de vestígios de entalhes nas pedras, extraídas dos templos maias…

Há muitas outras igrejas lindas, interessantes e com chuva de informações. No entanto, não poderemos passar por todas elas, justamente por ficarem no interior das cidades históricas. 🙁

Garanto que farei uma prece para os já casados, para a minha grande amiga que casará esse ano, para os noivos e para os enamorados. Tá, tá… Para as pessoas normais, também! hahaha

Espero que curtam um pouco de cada foto e palavra acima, o carinho que tenho por essa viagem é de tamanho coração. Quero voltar de lá uma pessoa melhor e com a certeza de que o mundo não é só aquilo ali que a gente vê, do lado de fora da porta da nossa casa. Ele é muito mais!

AGUARDEM AS FOTOS!!! 🙂 🙂 🙂 🙂