4a. Rota Do Chá Em Registro – São Paulo

No final de semana dos dias 8, 9 e 10 de novembro de 2019, aconteceu a 4a. edição da ROTA DO CHÁ em Registro, no Estado de São Paulo, considerada a capital do chá no Brasil.

A ROTA é um evento pioneiro criado pela Escola de Chá Embahú e organizado pela Infusorina. A mesma reúne entusiastas do chá e empresários da área, somando mais de 150 participantes desde sua primeira edição, com a intenção de compartilhar a verdadeira história do Chá brasileiro, com foco na educação.
Neste ano, a ROTA recebeu integrantes de 9 Estados, de todas as partes do Brasil : Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e Ceará, além de 3 visitantes internacionais, vindos da Argentina e Chile!

Este ano tivemos a presença da Pressca, nosso Patrocinador Oficial.

Sarah com a nossa mochila – chazal Amaya. Foto: Sarah Soares

Iniciamos nossa ROTA na sexta-feira do dia 08, bem cedinho, com um chá da manhã organizado no Hotel com o apoio da Amaya Chás!

De lá, seguimos para abertura do evento no Templo budista Honpa Hongwanji de Registro com Erika Kobayashi, artista convidada desta edição, cujo tema da Cerimônia de Chá japonesa preparada por ela (Chanoyu) foi “Amadurecimento”, que de uma maneira bem especial introduziu, através dos elementos da cerimônia, as famílias ali presentes. Ao acessar o templo, um chá gelado (cold brew) com o oolong Amaya esperava cada um, o ambiente foi perfumado com um incenso de chá preto do Sítio Shimada e, o doce utilizado, preparado pelas mãos de Erika, era composto de pupunha do sítio Yamamaru, com o formato de sementes de chá.

Doce na cerimônia. Foto: Escola de Chá Embahú

 

Contamos também com o apoio da Talchá, fornecendo o matcha premium utilizado na cerimônia.

Assim, desta maneira delicada, ocorreu a cerimônia, com representantes de cada família: D. Ume e Teresinha Shimada, Miriam Yamamaru e Juliana Amaya. Contamos também com as participações de Eloína Telho (a @chazeira), Gustavo Garzón (que veio da Argentina, @comunidad_de_te ), Fábio Pedroza (@vaitecha, participando pela 3a vez da ROTA) e com muita honra, Sensei Fábio (monge do Templo).

Erika Kobayashi. Foto: Escola de Chá Embahú
Erika Kobayashi. Foto: Escola de Chá Embahú
Recebendo os convidados. Foto: Escola de Chá Embahú
REGISTRO oficial de abertura. Foto: Escola de Chá Embahú

Chegamos na Amaya Chás ainda pela manhã e fomos acolhidos com chás gelados! Na fazenda os participantes receberam uma palestra com o mestre de chás da família, Riogo Amaya e o gerente André Freitas fornecendo um panorama sobre os processamentos dos principais produtos ali produzidos: os chás verde e preto.

Palestra Amaya. Foto: Escola de Chá Embahú

Seguimos para a fábrica em funcionamento onde os participantes puderam acompanhar de perto o chá preto, ver etapa por etapa, presenteados com um aroma sem igual e uma experiência ímpar.
Ainda na sede da fazenda, visitamos a Residência da Família Amaya, intitulada “Bem Cultural da Imigração Japonesa no Vale do Ribeira” pelo IPHAN — Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Foto: Escola de Chá Embahú

Para que depois, pudéssemos desfrutar de um almoço típico japonês, o bentô, com uma surpresa ao final: sorvete de chá verde em pó Amaya! Finalizando ali, a primeira parte do nosso dia, com a foto oficial.

Foto: Escola de Chá Embahú

Todos acomodamos, chegara o momento de visitar os primeiros chazais da ROTA, e de, conhecer também, a primeira atividade surpresa desta edição!

Foto: Escola de Chá Embahú
Foto: Escola de Chá Embahú
No chazal Amaya. Foto: Escola de Chá Embahú

Uma vez lá, os participantes puderam conhecer todos os cultivares da fazenda, com a explicação de cada um através de Milton Amaya.

A surpresa final ainda não havia sido revelada, cada um de nós, plantamos uma muda de chá (Camellia sinensis), em um lote especialmente separado para a ROTA, no meio do Chazal.

área selecionada para o plantio das mudas, amaya chás. Foto: Escola de Chá Embahú
CLÁUDIO. Foto: Sarah Soares
As mãos de Dona Vera. Foto: Sarah Soares
Jamille. foto: infusorina.

Para auxiliar no plantio, o Sr. Lincoln Amaya nos esperava. Com placas nominais, os pés de chá poderão ser acompanhados e, claro, estarão lá caso haja retorno ♥, confira o vídeo abaixo:

 

 

 

 

 

 

Aguenta coração porque o dia ainda não havia terminado! Com felicidade e brilho nos olhos, terra nas mãos e o sentimento de uma muda plantada no coração, chegamos a mais uma residência da fazenda, também intitulada “Bem Cultural da Imigração Japonesa no Vale do Ribeira”, para que fôssemos recebidos para um chá da tarde com delícias produzidas com chá verde em pó Amaya, chás verde e preto gelados e muita troca! Realizamos sorteios de brindes, com o apoio da Amigos do Chá.

sorteio. Foto: Escola de Chá Embahú

Tivemos acesso às compras para que não nos faltasse chá no retorno às nossas casas e, ganhamos um presente: a primeira xícara da ROTA! É de se emocionar, ou não é?

foto: infusorina.
XÍCARAS! FOTO: SARAH SOARES

No segundo dia, sábado do dia 09, partimos para o sítio Yamamaru!
Ao chegarmos no sítio, fomos recebidos por Miriam e Kazu, dois irmãos, responsáveis pelo cultivo e processamento do chá familiar, além do apoio da comunidade e família.

Em uma abertura emocionante, os participantes puderam observar que cada chazal em Registro é único, o que confere características particulares a cada xícara de chá produzida na região.

O Chazal do sítio Yamamaru é todo composto em SAF (sistema Agrofloresta) e, ali mesmo sob uma paisagem maravilhosa, tivemos outra atividade da gincana cultural, desta vez um pouco mais técnica, que consistia na colheita do chá!

Não preciso nem comentar a felicidade do pessoal, né? 🙂

foto: escola de chá embahú
ABERTURA COM MIRIAM. Foto: Escola de Chá Embahú

Continuamos o passeio através da trilha, repleta de? CHÁ!
É chá por todos os lados, acima, abaixo, nos lados…

 

 

 

 

 

Conhecemos outro chazal do sítio, recebemos informações valiosas a respeito do Sistema Agrofloresta e reconhecemos plantas de chá com alturas inéditas para muitos dos participantes.

Destas plantas, foi produzido um chá verde processado ao estilo chinês, similar ao utilizado no “Pu´er crú de Yunnan” (com base na mesma variedade, Camellia sinensis assamica, colhido de plantas antigas com 50 anos) que foi leiloado durante o decorrer do dia. Aqui inauguramos o leilão beneficente onde todo o lucro obtido foi revertido às famílias! O primeiro chá foi arrematado por Fábio Pedroza, que tem a casa de chás Vai Té Chá em Brasília.

fábio e miriam: Foto: infusorina

Ao retornarmos para a comunidade, um almoço maravilhoso nos esperava no Kaikan (Associação Nippo Brasileira do Bairro Raposa e Região), com mais uma surpresa: a presença do Sr. Tomio Makiuchi que é um grande entusiasta do chá e de todas as questões sociais da região (e do mundo), apaixonado por educação e preocupado com a nova geração, ele possui projetos voltados à educação que inclui uma mini fábrica de chá preto em sua residência. Além disso, ele colaborou com o nascimento do chá do Sítio Shimada.

sr. tomio makiuchi. Foto: Escola de Chá Embahú

No sítio Yamamaru, Miriam explicou sobre as etapas do preparo do chá. Na sequência, todos puderam preparar um pouco, do início ao fim, um chá que seria servido.

Foto: Escola de Chá Embahú

Finalizamos assim, o nosso dia, visitando a igreja centenária do bairro, um ponto muito importante para a comunidade da Raposa e a figueira que, de tão grande, abraça todo mundo!

Figueira centenária. Foto: Escola de Chá Embahú.

No domingo, seguimos diretamente para o Sítio Shimada, onde é produzido o chá de mesmo nome, famoso por pertencer à “Obaatian” (vovó em japonês) Ume Shimada!

Foto: Escola de Chá Embahú.

Os participantes logo receberam informações de Teresinha, filha de D. Ume e mestre de chás da família e Leo, companheiro de Teresinha, a respeito da história e sobre o processamento de chá preto.
De lá, partimos para o chazal, colher e ser feliz!

colheita sítio shimada. Foto: Infusorina

Após o chazal, um momento esperado: visitar a fábrica de chá!

na fábrica. Foto: ESCOLA DE CHÁ EMBAHÚ

Munidos de todas as informações, estávamos prontos para a atividade final da Gincana! Cada equipe contou com um Instrutor da Escola de Chá Embahú, para auxiliar no preparo do cupping. Um momento histórico de educação, diferencial da nossa ROTA — o primeiro de muitos outros.

CONCENTRAÇÃO NO CUPPING. FOTO: ESCOLA DE CHÁ EMBAHÚ

Na sequência veio o almoço! Outra atração à parte do Sítio!
Além do sorteio de brindes!
Com o apoio do nosso Patrocinador Oficial Pressca, da Escola de Chá e do sítio Shimada, foram sorteados acessórios e, entre outros, um combo na parte da educação.

ENTREGA SORTEIO ECE. FOTO: ESCOLA DE CHÁ EMBAHÚ

Veio o segundo leilão!
Também preparado através da instrução de Yuri Hayashi, foram produzidos dois chás pretos defumados (um com 50% e outro com 100% de defumação).

Aqui, quem lindamente arrematou cada um foram: Paula Braga de Belo Horizonte e Eloína Telho, de Brasília!

Nos leilões dos dois dias, os lances foram bem concorridos e agradecemos a todos os participantes por compreenderem o valor desta ação.

PAULA, TERESINHA E ELOÍNA. FOTO: FRED TELHO
PREMIAÇÃO DA GINCANA! FOTO: ESCOLA DE CHÁ EMBAHÚ

Foi anunciado também, a equipe vencedora da Gincana, premiada com chás Amaya! Equipe CHÁ VERDE.

Enquanto estávamos nos preparando para a foto oficial, a família Shimada foi quem nos trouxe uma surpresa: uma muda de chá seria plantada em frente à residência, com uma placa mencionando a 4.ª ROTA ♥.

kaito e hisa ♥♥ foto: escola de chá embahú

Agora sim, a foto oficial!

FOTO: ESCOLA DE CHÁ EMBAHÚ

Logo após, os participantes tiveram acesso à loja de produtos da família, afinal de contas, haveria de se completar o kit viagem/retorno para casa, não é mesmo?

E assim, nesse clima de gratidão, trabalho realizado, esperança e muito amor, finalizamos a 4a. edição da ROTA DO CHÁ EM REGISTRO!
Em breve anunciaremos a nova data da edição comemorativa de 5 anos.

Nosso muito obrigada!

2 comments on “4a. Rota Do Chá Em Registro – São PauloAdd yours →

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  1. Obrigada por compartilhar esse lindo relato. Foi uma pena não poder ter ido e é valioso poder saber um pouco de como foi através do seu artigo.