Inóspito.

Tenho 3 livros começados. Digo, livros que comprei, ganhei e comecei a ler. Como muito errado, muitas coisas que eu começo eu não termino quando deveria terminar, digo deveria porque eu acho que se você começa algo, não tem de interromper. Algo se perde, talvez a essência. Anyway, um desses ótimos livros é chamado de “Sorrisos de Bombaim – A viagem que mudou meu destino” e tem me emocionado bastante, me tocado igualmente. Conta o relato do autor que foi para a Índia com alguns pretextos e lá teve sua vida modificada, indico. E nele li um trecho que fiquei pensando, pensando e pensando… que diz o seguinte:

Você deve saber que inclusive ao contemplar uma árvore e dizer que é um carvalho ou uma figueira-de-bengala, essa palavra, que faz parte dos conhecimentos de botânica, condicionou sua mente de modo a se interpor entre sua visão da árvore e você. Para entrar em contato com a árvore devemos apoiar a mão sobre ela.  A palavra só, não nos ajudará a apalpá-la.

KRISHNAMURTI (filósofo, escritor e educador Indiano)

Logo me veio à mente milhares de imagens que vejo todos os dias, que entram nos meus sonhos, que me permitem brincar e ser feliz. Tudo é mais claro, eu preciso tocar, preciso sentir, preciso interagir. Nenhum conhecimento diz tanto quanto a vivência, soma sim, adiciona, colabora e potencializa. Mas creio que tudo isso se calará quando meus olhos baterem nas águas do Caribe. Não que eu desmereça o que tenho em “casa”, apenas estou procurando um Q a mais, um X da questão, uma história pra contar para os meus filhos e quem sabe até, o motivo para criar um blog. Por que não? Tem gente que descobre o que gosta aos 90 anos e nem por isso foi menos feliz na vida que viveu até então. Lendo isso, pensei nos lugares inóspitos, aqueles que além de não estarem no folheto da agência de viagem acabam não estando também nos seus planos de bolso. Que tal uma pitada de diferente? Quem sabe eu vá e não volte, quem sabe eu encontre o que eu procuro e quem sabe até, não procure nada, apenas queira colocar um pé na frente do outro e seguir a vida.

Sendo assim, efetuei uma breve pesquisa. Breve, mesmo. (!!!!) E conclui alguns destininhos – pra ser carinhosa – que podemos de repente checar na viagem. Muitos desses lugares não possuem uma vida noturna pra lá de animada mas, se você não é tão fã de chacoalhar o esqueleto todas as noites e se acabar em tequila local, vale à pena! 😉

Puerto Morelos

Apesar de ser reconhecido como uma jóia rara do Caribe mexicano, que preservou o arzinho de vila gostosa de pescador, sabe? Não é tão visitada quanto suas vizinhas Playa del Carmen e Cancun. Atenção: não tem vida noturna, okay? Guarde o salto alto, o brilho e o topete do seu namorado no hotel. Pegue uma havaianas (bem brasileira, pora favor), sua roupa de praia e se jogue. Há praias lindas e hotéis com descontos interessantes. hmmm $$ 😀 😀 Uma coisa legal? Os maravilhosos recifes perto da costa são atualmente reconhecidos como parque marinho e protegidos, sendo um dos mais intactos da costa Maia.

ImagemImagem

Punta Bete

Local fofissimo pra ficar em cabanas, também! É… não é privilégio só de Tulum hehehe Fica pertinho do destino acima e de Playa del Carmen, seu acesso é um pouco dificultado mas a paisagem e a praia de areia branca (ui, de novo!) e água azul turquesa compensa!

Imagem

Holbox

Quem quer ver golfinhoooooooos? Tá, tá, sei que nos parques há vários deles. Mas eu digo em habitat natural! Lindos, soltos, sem precisar subir neles pra tirar foto. Não tem corais lá pra ver, mas tem tubarão… lindinho e manso… no entanto não aparecem em Março. 🙁 Setembro, ok?

ImagemImagemImagem

Celestún

Continuando com o fofo, os famosos desse local são os flamingos. E não é tão de longe como no zoo, é de pertinho, na mesma praia que você. Na paz dele, enquanto você curte a sua. Contando ainda com uma praia literalmente afastada, ao norte, chamada Xixim – sem fotos de lá ou informações on internet… heheeh se eu for, JURO que tiro foto!

ImagemImagem

Deu até uma calma, né? Ou sou eu que fico olhando pra essa chuvinha – aqui no meu mundo –  e fico com sono gostoso? Daria qualquer objeto de meu apreço para embarcar em um transporte dos Jetsons… Iria direto para d’baixo de edredon, com friozinho no ar natural, um pijama comprido, meu namorado e uma xícara supercolorida de chá feito sob infusão… ai… ai…