Quem eu sou, qual o propósito e fazer com paixão.

Um texto solicitado pelo meu Coache, feito por mim que me tocou tanto que não pude deixar de compartilhar com vocês. 🙂

Nove do nove de mil novecentos e oitenta e seis (09/09/1986), as nove e dezenove, no nono andar, entre dez crianças nascidas naquele dia, eu fui a unica menina de nove meninos… Meu avô ficou tão feliz com o acontecimento que encheu o andar da maternidade de bombons – daqueles Sonho de Valsa, sabem? E recebi meu nome: Renata Acácia Gomes. Acácia é uma flor, uma árvore. A árvore sagrada do Egito. E Renata quer dizer renascida. E eu até gosto do numero nove, mas nunca gostei de apostar. Sempre que me senti útil apostando, naquela rifa da igreja, do amigo, do mercado, nunca ganhei. E hoje entendo que nunca ganhei porque nunca precisei. De uma bicicleta a mais, de uma televisão a mais, de um carro que não me seria útil, quem nunca foi tão otimista assim? Segui crescendo contente, me descobrindo, descobrindo os outros, desbravando o mundo. Vivi até os dez anos de idade na minha cidade natal, em Itajaí. De lá, por conta de uma felicidade na família, fui embora para Minas Gerais (onde se me permitem, foi um dos melhores lugares que já morei, vivi e convivi!), depois, fui embora para Goiânia e de lá, voltei para Santa Catarina, primeiro em Barra Velha, depois em Joinville, depois em Balneário Piçarras, depois em Balneário Camboriú, depois em Itajaí, depois em Blumenau e finalmente: depois e por muito tempo, em Florianópolis. Nesse meio tempo me formei, entrei para faculdade de Comércio Exterior, trabalhei, estagiei, trabalhei, continuei trabalhando, me casei, aprendi muito, conheci muita gente, muitas idéias, muitas culturas e amei muito cada momento, assim como desejei muito não ter vivido alguns deles, pois passei muito perrengue, também. Sofri o meu bocado, mas também tive muito sucesso. Tive, passei, vivi, experimentei, senti, duvidei, viajei, sentimentalizei. Pensei e filosofei, também. Meu cachorro Lulu (que o Deus dos cães o tenha) é prova disso. Minha família e meus amigos, igualmente. Pensei e achei não ter chego em lugar nenhum, questionei os propósitos aos 27 anos, tive uma crise de personalidade, idade, realidade – tudo o que vier com “ade” e muito do que não vier – . Logo, como em tudo o que eu faço, busquei com afinco com aquele toque de dramatização “a gosto” e me doei por completo na busca de como é a Renata que vive em mim. Porque antes eu só achava que habitava um mundo, que era uma colaboradora, uma amiga, uma namorada, uma esposa, uma filha, uma neta… Até descobrir que existia eu. Um ser em mim, iluminado, com tantos detalhes que, de tanto olhar o dos outros, havia esquecido ou se quer conhecido, os meus. O afinco teve participação especial do Coaching, da Terapia pessoal, do esporte, do marido, do yoga, dos amigos, de mim. Fui descobrindo o prazer característico em ser quem eu sou, em fazer o que faço e porque faço. Descobrindo ao mesmo tempo o desprazer nos defeitos, mas aprendendo a viver com eles. Afinal, eles fazem parte de quem eu sou, e com eles sou melhor. Meu Yin e meu Yang. Minhas paixões. Me descobri devota a tudo que adquiri ao longo desses 28 anos. Até das “memórias que nem lembro” mas que tenho a certeza de estarem junto a mim nessa caminhada de auto descoberta. E sabem do que mais? Eu to leve. E é um leve diferente daquele quando você acorda no Sábado de manhã – porque é fácil, né? É Sábado! – é um leve de Segunda sabendo o que você quer dentro do seu peito e que para isso se tornar real você precisa tomar atitudes, e as atitudes mostrarão caminhos, e os caminhos serão cheios de surpresas positivas. Repito: caminhos-cheios-de-surpresas-positivas. Você precisa estar aberto. Aberto para que as coisas boas aconteçam, aberto ao mérito disso. E disposto. Disposto a compartilhar. A não guardar nada que é bom para si. Emanar, mesmo, toda luz, todo o amor e tudo o que sabe.

Hoje, minha busca por propósito e da resposta de quem sou eu me levou a fazer com paixão.
– Tá, Renata, fazer o que com paixão? Brigadeiro de panela? Tudo. E nesse tudo, tem o chá. Ah… o chá (que vai bem com brigadeiro #ficadica). Tão pertinho de mim por esses anos todos, tão presente na minha vida, tão latente nos meus desejos e eu ali, sem nem enxergar ele. Até que todo o estudo, a mente vazia e trabalhada, uma estrada e uma boa música despertaram o óbvio: transbordar meu amor pelo chá e transformar esse sentimento bom em mais. Viajei, fui em busca, me arrisquei, tomei ações. Mas dessa vez foi para saudar meu psico, minha fonte de riqueza que ninguém jamais tirará de mim: o conhecimento. Imaginei viajar em busca do chá, mas voltei carregada de boas energias e de boas pessoas. Não somente daquelas que conheci, mas daquelas que ficaram. As reconheci. Prestes a me formar como Sommelier de Chá, venho me aperfeiçoando e adotando bons hábitos aos estudos, diversas xícaras de chá, experiências, Países, vidas. Posso com toda propriedade afirmar que, aquela Renata que se mudou com a família e conheceu muita história interessante quer agora cada vez mais falar a voz da alma, das pessoas que cruzaram meu caminho, do poder do amor, do poder de uma xícara de chá.

Gratidão, Henrique.
A busca continua.

——————– Mais sobre ele em: www.henriqueouro.com

 

e2d5700f62d92396ed2b96c599c7593f
Imagem: Google

2 comments on “Quem eu sou, qual o propósito e fazer com paixão.Add yours →

Comments are closed. You can not add new comments.

  1. O chá! Elixir da Vida. ..Mamys toma desde que vc me conhece por gente….mas até então. ..tomava de forma errada rsrsrsrsrs. E agora. ..feliz de ver seu empenho em tornar seu sonho do chá em realidade. Tenho muito que aprender com você. …e suas irmãs. Te Amo…..minha doce menina.