O Chá e Eu

Você há de concordar comigo: QUASE tudo que é quente no frio, é gostoso. (A regra também vale para o calor, onde QUASE tudo que é gelado, refresca!) Foco na atualidade – frio: Um ambiente confortável com aquela chuva caindo lá fora, manhã, tarde, noite, velas, fogo, almofadas, um acompanhante, sozinha com um livro, um cachorro, um gato que sumiu, um filme que começou… O mesmo ambiente, sol que aquece, vento que esfria e falta algo nas mãos enquanto você acompanha a vida lá fora, o trabalho que se inicia, o mundo que não pára…. E aí, nem sempre no mesmo momento mas com a mesma reação surge: O aroma do chá que você acabou de colocar na xícara, aquela xícara especial que comprou na viagem, que ganhou de um amigo (a), que herdou da sua vó, que comprou no mercado mais próximo quando se mudou e não tinha se quer uma colher na cozinha, que pegou emprestado do colega do trabalho, que você nem sabe de quem é, mas serve, e então ainda sim, você pode ter um chá e um conforto para o coração no que quer que esteja precisando – ou não.

Há pouco venho avaliando esse meu status de comprometimento com a minha felicidade e, dentre muitas novidades, atitudes e pessoas quero destacar o papel do chá na minha vida:

– Não lembro muito claramente do momento marcante dele, creio que tenha sido sorrateiramente que a entrada do chá tenha ocorrido. Através do costume familiar, não muito aperfeiçoado, mas sempre passando aquela sensação de bem estar, ao ver minha mãe preparar noturnamente sua xícara com chá e sentar-se em frente a televisão. Criança, sem muito entender o gosto por aquele ritual todo (nunca estava pronto na garrafa como acontecia com o café da minha avó) e experimentando poucas e frustrantes vezes (não rolou uma – amizade entre o mate e eu – a erva que ela consome até hoje), adotei quando fui morar sozinha o costume, mas, dessa vez, explorando a prateleira do mercado, conhecendo os demais sabores e aromas, sendo aí que inocentemente, iniciei algo que hoje pretendo levar para o resto da vida: o consumo do chá.
Anos passaram, xícaras quebraram, marcas foram compradas e muitos foram experimentados. Nunca me atentei em uma preferência, mas continuamente me flagro querendo sempre levar comigo para casa uma novidade. E foi aí que, anos depois, me deparei com a curiosidade em descobrir mais sobre essa bebida, sobre esse bem estar, esse estado de espírito individual que a gente só cria ao segurar uma xícara com chá.

Logo senti mais: por que não, compartilhar essa paixão (uma das poucas identificadas como arrebatadora) da minha pessoa pelo chá com vocês, amigos que gastam alguns minutos do seu curto dia para acompanhar minhas idéias e descobertas aqui nesse blog? Serão tantas as experiências trocadas, as risadas em meio ao processo de degustar um chá, viagens, amizades, sensações…

Estou ansiosa, e você, também gosta de chá? 😀

“Esvazie sua xícara primeiro, só então você poderá provar meu chá. Afinal de contas a utilidade da xícara está em poder esvaziar-se. Abra sua mente para receber novas idéias.” – Bruce Lee

Fonte: Pinterest / O Pensador